Vango — Timothée de Fombelle
Vango #1
Autor: Timothée de Fombelle
Editora: Melhoramentos
ISBN: 9788506077481
Páginas: 360
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Vango é o primeiro volume de uma série homônima, que segue um protagonista também chamado Vango, um garoto prodígio estranho, que fala vários idiomas, escala prédios com facilidade e foge da polícia no dia e momento que seria ordenado padre. O mistério fica na conta de que se isso foi justificado e ele é culpado de algo, ou se é mais um fruto de sua paranoia diagnosticada. Vamos comentar sobre o quão sagaz é colocar um personagem paranoico como personagem principal de algo repleto de aventura? Quando faz isso, o autor está dando liberdade para uma síndrome de perseguição com inúmeras ramificações. É uma daquelas tramas que as vezes ficam melhores na minha cabeça, porém eu nunca desisto de encontrar autores com a minha criatividade.
O livro segue Vango, mas também apresenta vários outros núcleos - o que é o maior tiro no pé na soma geral das coisas. Por mais que os personagens tenham história para contar e a variedade de plots se complemente, ainda assim é muita gente para entender logo de cara. Confesso que o inicio é bem atrapalhado e fiquei confusa tentando dar uma linha para cada nome francês que aparecia.
Como a história é ambientada em meados da segunda guerra mundial, na Europa, a presença de personagens reais e históricos é bem forte. Temos Hitler e generais fascistas incitando o ódio, além de uma série de outras pessoas, listadas no final do livro junto de uma breve descrição. Esse contexto é deveras importante para a construção do gênero, e achei bastante bem feito. Contudo, levanto o problema que falei antes: muita gente, muita confusão. É tanta coisa acontecendo, com tantas referências, que não dá para aproveitar o conjunto geral. Além de que posso ser de humanas, mas história definitivamente não é a minha praia.
Eu gostei de Vango, mas vejo a chance de ter adorado se tivesse sido menos confuso. Menos é mais, lembra? Menos personagens, menos arcos, menos divagação = menos confusão. Menos mistério também, mas quem é que precisa de um protagonista cujo nome do meio é Incógnita? A leitura se arrasta porque é difícil se inserir, porém a boa ideia Timothée de Fombelle está ali, bem firme na narrativa. Vai de você arriscar ou não.
PS: A diagramação está linda, preciso falar! As letras são vermelhas, há algumas ilustrações e, no final, há algumas informações extras sobre a parte histórica.
Olá, Joana! Tudo certo?
ResponderExcluirBem, eu adoro história e quero muito me arriscar no gênero steampunk, mas até agora ainda não li nada desse estilo literário. Preciso achar o livro certo e me esbaldar!
É meio ruim mesmo quando no primeiro livro de uma série o autor joga mil e uma informações sobre mil e um personagens, acerca de mil e uma situações. Mas continua lendo e me diz se vale a pena. Se valer, até me arrisco, porque esse Vango parece ser um carinha loucamente agradável.
Um abraço!
Blog || FanPage
Estou doida pra ler esse livro, história interessante, parece bem eletrizante e envolvente e cada resenha que leio dele me deixa ainda mais curiosa em conferi isso tudo que estão dizendo.
ResponderExcluirEstou com vontade de ler esse livro.
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