The happy ever after playlist começou tão bem...



Tudo começou muito bem. De verdade: bem mesmo. Fazia muito tempo que um livro não me prendia nas primeiras páginas, que eu terminava o primeiro capítulo com a certeza que seria um livro favorito. The Happy Ever After Playlist foi assim. Me ganhou. As duas estrelas e meio significam cinco estrelas, cheiinhas e brilhantes, para o início do livro. O resto comentamos em breve. Vamos por partes.

Tudo começa quando Sloan, triste e de luto há dois anos, encontra Tucker e ele se torna seu melhor amigo. Tucker é um cachorro, só para esclarecer, e "encontra" é um termo que não faz jus ao ocorrido, já que ele entra pelo teto solar do carro. Sloan começa, então, a trocar mensagens com o dono de Tucker: Jason, que está do outro lado do mundo pelas próximas duas semanas. Apegada ao doguinho, ela fica com Tucker enquanto Jason viaja. Aos poucos, o apego vai evoluindo, também, ao dono do cachorro.

Começa fofo e bem óbvio. Jason é charmoso, engraçado e, rapidamente, tira Sloan da bolha de tristeza que ela se encontrava desde a morte do noivo, Brandon. Muito do romance acontece por meio de mensagens, histórias sobre a rotina com Tucker e um jogo de uma pergunta por dia. A leitura fluiu maravilhosamente bem e, de repente, eu estava certa que era um livro 5 estrelas! Então, olhei a porcentagem de leitura do kindle: tinha passado 30%.

Se em 30% do livro Abby Jimenez contou um lindinho romance que tem um cachorro como intermediário, os outros 70% não tinha muito o que fazer. Vamos avançar rapidamente, sem spoilers: Jason volta para a cidade, encontra Sloan pessoalmente quando vai buscar Tucker... Vem aí o famigerado INSTALOVE.

Do instalove, vem uma dependência louca. Das duas partes. Tudo bem que existe amor a primeira vista (se acha que existe), e é possível se apaixonar rapidamente, mas tudo tem limite. Bom senso, sabe? Não aqui. Para contextualizar, Jason é músico e sua carreira está começando a bombar. Ele vai sair em tour poucas semanas após começar a sair com Sloan. É inimaginável, para os dois, que eles fiquem esse tempo separados - ou que encontrem uma solução razoável que não envolva Sloan abrir mão da sua casa, do seu trabalho, do convívio com sua melhor amiga, para seguir o amado pelo país.

O auge (AU-GE) é uma cena em que Sloan comenta que "está mais feliz, está mais saudável, mas nada é comparado a estar perto dele." Tire minha liberdade, minha alegria e minha saúde, mas não tire o convívio do meu amado. Ah, me poupe.

70% do livro (ou 60%, sendo legal) é bem ruim. Os personagens se perderam e em nada parecem os que começaram a narrativa. Foi tão promissor, e terminou me fazendo bocejar de preguiça. Por fim, não vou tirar o mérito de Jimenez: a leitura flui. Pena que flui através da raiva.

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