Reli um dos meus livros favoritos. Fui otária.

Em janeiro de 2014, eu li Just one song, de Stacey Lynn. Para contar mais sobre o que achei, vou deixar você com a Joana do passado, narrando seu AMOR por essa OBRA DE ARTE (aqui). Meu deus, eu amei Just one song. Lembro de seguir Stacey Lynn no twitter e mandar o famigerado please come to Brazil. Aproveitei o contato que tinha com editoras, e fiz o maior pitch do livro (sem nem saber o que era pitch). Como você pode ver, não adiantou muito, mas esse post não é sobre isso. É sobre como a gente muda.

Dia desses, estava pensando no quanto Just one song era uma obra maravilhosa. Meu Deus, que livrão! Foi então que pensei: vou reler, reacender o sentimento, reviver tudo de novo! Eu não tinha mais o livro, mas estava meros R$9,47 na Amazon. Comprei. Reli. Não era tudo o que me lembrava.

Muita coisa muda em 6 anos, sejamos sinceros. Se tanto mudou nos últimos seis meses, o que dirá seis verões, invernos, primaveras e outonos de distância. Eu sou outra pessoa, e a Joana de hoje é mais problematizadora que a antiga (a dor e a delícia de amadurecer). Coisas que eu achava fazer "um romance tão excelente que dói" (euzinha, 2014), agora eu acho complicadas, para dizer o mínimo.

Esse post vem para dar uma diminuída na expectativa das pessoas que leem a minha resenha de Just one song, mas também para abrir uns questionamentos: Memórias positivas merecem ser revividas ou são melhor como estão, como memórias? Será que existe algum livro (ou qualquer expressão de arte, na verdade) que sobreviva o amadurecimento? Vai chegar um dia que eu vou reler No mundo da Luna e torcer o nariz para o que eu acho tão lindo hoje?

Just one song tinha potencial de ser um dos meus livros favoritos para sempre, mas por ter revivido a lembrança, o status foi retirado. Acredito, de verdade, que isso é um sinal de amadurecimento, porém, outro questionamento gigantesco: a gente fica mais chato conforme envelhece?

QQ eu vou te dizer, aos vinte e poucos a gente cria nóia com tudo.