DUFF • Kody Keplinger


Autora: Kody Keplinger
Editora: GloboAlt
ISBN: 9788525060631
Páginas: 328
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Minha incrível péssima memória é um ótimo artifício para fazer releituras e aproveitar como se fosse a primeira vez. Eu li The DUFF, de Kody Keplinger, pela primeira vez há mais de um ano, quando estava na expectativa pelo filme e não havia sinal de publicação verde e amarela do livro. Passado esse tempo e passadas mais de 10 vezes que assisti a adaptação, a GloboAlt traduziu a história e ganhei um exemplar para chamar de meu. Quero falar hoje, então, de como foi bom reler DUFF após conhecer cada minutinho do filme homônimo. 
Bianca Piper não é a garota mais bonita da escola, mas tem um grupo leal de amigas, é inteligente e não se importa com o que os outros pensam dela (ou ela acha). Ela também é muito esperta para cair na conversa mole de Wesley Rush - o cara bonito, rico e popular da escola - que a apelida de DUFF, sigla em inglês para Designated Ugly Fat Friend, a menos atraente do seu grupo de amigas. Porém a vida de Bianca fora da escola não vai bem e, desesperada por uma distração, ela acaba beijando Wesley. Pior de tudo: ela gosta. Como válvula de escape, Bianca se envolve em uma relação de inimizade colorida com ele. Enquanto o mundo ao seu redor começa a desmoronar, Bianca descobre, aterrorizada, que está se apaixonando pelo garoto que ela odiava mais do que tudo.
Uma vez que você assiste o filme, você ganha para o currículo do Filmow mais uma história de high school daquelas bem típicas e previsíveis, apenas um tantinho mais madura que as produções da Disney. Não é uma sinopse animadora que faz você correr atrás do livro como uma leitura obrigatória. Porém, essa impressão é errada. Não venho aqui dizer que esse é um livro que todos devem ler em algum momento da vida - nada disso. Meu recado aqui é: preste atenção.

Lembro de um texto do John Green na época da divulgação de Cidades de Papel em que ele falava sobre a constante pergunta sobre o milagre que fala durante a história, e ele explicava, repetidamente, que do milagre se retirava uma mensagem final, não necessariamente um milagre em si. É a mesma sensação que eu tenho com DUFF. Com Designated Ugly Fat Friend, mais especificamente.

DUFF não é sobre uma garota que, diferente das melhores amigas, não atende aos padrões Seventeen de beleza juvenil e fica triste por isso, perde a autoestima e muda sua vida para se adequar aos padrões - ou a sigla. É sobre Bianca, uma garota normal, com inseguranças normais, que escuta algo que não queria e aprender a superar e se amar do jeitinho que é. Legal, né? Ainda mais cercado pelos clichês do gênero, que insere essa mensagem maneira (e outros vários plots significativos) em algo divertidíssimo de ler.

Uma coisa que se estranha, mas se torna um diferencial para DUFF, é o relacionamento de Bianca com Wesley Rush e como isso aconteceu rápido. Não é uma dessas comédias românticas em que o casal só dá o primeiro beijo na página final. Na verdade, o relacionamento começa cedo para poder crescer junto do enredo - não como principal, mas sim algo simultâneo e de credibilidade. Acompanhar Wesley deixar de ser babaca é tão legal quanto ver Bianca se aceitar.

Não adianta dizer que DUFF prega uma mensagem errada com o nome, ou que é uma história vazia sobre garotas no ensino médio. É algo maior e mais profundo. Eu adoro o filme, talvez na mesma proporção em que adoro o livro, pois são histórias diferentes com personagens de mesmo nome. Chamo mais de coincidência que adaptação. Por favor, se junte a mim e vamos amor os dois.

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