O círculo rubi • Richelle Mead


Bloodlines #6
Autora: Richelle Mead
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765756
Páginas: 334
Comprar
O ebook do último volume de Bloodlines está no meu celular desde a semana do lançamento, no inicio do ano. Eu não tive coragem de abrir e me despedir dos personagens. Decidi, então, reler o quarto e quinto volume, preparar o terreno. A ideia era continuar direto com o sexto e último livro e então fechar essa página. Também não aconteceu. Eu enrolei de novo. E talvez - só talvez - tenha passado tempo demais lendo opiniões sobre os personagens principais em sua atuação nos volumes finais. Sabe aquela desconstrução que eu falei ter lido sobre no quinto livro?  Pois então: eu a vi. Que droga, eu a vi.

Para evitar spoillers, digamos apenas que o terreno estava preparado para o último capítulo de Sydrian e cia. Richelle Mead tinha dado um último plot, na última linha de Sombras prateadas, que serviria para prender o leitor e daria espaço para concluir todas as pontas soltas deixadas no decorrer dos cinco antecessores. Então começamos a leitura, encontramos Adrian e Sydney no meio do caos que os cerca, por vezes os colocam como principais de problemas que nem são seus. Mas enfim, foco da frase foi para o lado errado. Eu não estou reclamando dos protagonistas se envolverem em todo problema que os Morois criam, não é isso. O que eu quero que você note naquela frase é: encontramos Adrian e Sydney. 

Chegamos ao dia que estou de saco cheio do meu ship, algo houve.

É aquela bendita desconstrução que o pessoal falou antes. Se nos livros anteriores a gente tinha a tensão de criar o relacionamento, de passar por cima dos preconceitos alquimistas e Morois, todos os impedimentos que deixavam Sydrian irresistível, dessa vez estamos num nível de estabilidade enjoativo. É muita paixão e, junto dela, dependência. Os primeiros capítulos narrados por Adrian são um porre, porque é uma mistura de seus pensamentos naturalmente melancólicos com "nossa, como eu amo a Sydney". Aff, né? Adrian é uma das minhas maiores crushs literárias por conta de seus comentários inteligentes e egocêntricos, que ficam completamente desaparecidos por quase todo o livro. Um que outro que surgem cá e acolá dão uma total melhorada na história, porém o incrível era quando esse tipo de tirada era constante.

Junto disso, o desenvolvimento geral apareceu enrolado. O que eu acredito ser fruto de que a artimanha de plot de Mead para seu volume final não foi grandiosa o suficiente. Por mais que tenha sido algo que mexesse com a estrutura da série, considerando o primeiro livro lá atrás, eu acho que houve uma evolução muito grande, de tudo, para que o último grande enredo fosse com base naquele primeiro plot introdutório. Claro que envolveu vários aspectos que tinham sido apresentados no decorrer da série, mas a base em si parecia tão primária, sabe? Tão "é sério que isso é importante desse modo"? Sem falar que o quinto livro deixou todos os secundários, terciários, e agora todos voltavam novamente para o centro do campo. Não parece WOW, entende?

Porém não acredite que eu não gostei de O círculo rubi - ele só não alcançou as minhas altas expectativas, e acabou ficando num nível de tão bom quanto o primeiro (que era o meu quatro estrelas, até então). Alguns picos de empolgação serviram para levar a narrativa até o momento em que Mead decide correr uma maratona para transformar tudo em final de novela, e então o livro acaba. É chato porque eu queria que a impressão final de Bloodlines fosse tão maravilhosa como foram meus sentimentos com o meio da série, mas ainda a tenho em alta cota. Além do mais, é definitivamente melhor que Vampire Academy.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sorteio: Trilogia Feita de fumaça e osso

Sorteio: Mar de tranquilidade

Melhor da Miley!