Depois de alguns drinques e uma péssima noite com as amigas, Julie Jenson chega à conclusão de que elas estão fazendo algo errado. Por que elas sempre se desapontam com os relacionamentos e não conseguem encontrar um único homem legal? Num rompante, Julie pede demissão e pega a estrada. De Paris ao Rio, passando por Sidney, Bali, Pequim, ela viaja pelo mundo para descobrir se alguém tem uma maneira melhor de lidar com a solteirice. Julie se apaixona, tem o coração partido, conhece o mundo e aprende mais do que achava possível em uma viagem.
Autora: Liz Tuccillo
Editora: Record
ISBN: 9788501087935
Páginas: 428
Antes de tudo, quero esclarecer que NÃO!, não estou tendo uma crise de meia idade prematura e também NÃO!, não estou me jogando em auto ajuda para suprir o drama de meu coração carente preenchido com 17 gatos que vivem no meu quarto. Eu nem tenho gatos! Quando digo que Como ser solteira, de Liz Tuccillo, é tudo que eu estava procurando, não me refiro ao manual de como não se deixar abater por não ter alguém com quem trocar caixas de chocolate em formato de coração. De modo algum. O que me atraiu no livro, que me seduziu e tocou direto na minha alma foi a viagem ao redor do mundo. Por que não tem nada no mundo que me conquiste mais que um passaporte muito carimbado.
Como boa fórmula clichê de chick lit, tudo começa com corações partidos e drinques numa noite nova iorquina. Julie e suas amigas, Alice, Serena, Ruth e Georgia, estão com quase quarenta anos, solteiras, e cada uma com seus dramas próprios, veem a vida de cabeça para baixo. A história mesmo começa quando Julie decide se aventurar pelo mundo atrás de outras solteiras, ver como são, como vivem, porque vivem, nessa sexta no Globo Repórter e contar tudo isso num livro, ajudando todas as solteiras, que segundo estatísticas, estão em maior quantidade no mundo.
Nesse tipo de livro, quando o que me atrai não são os personagens e sim o cenário, minha fome por descrição é muito grande. Tudo se inverte, prefiro páginas e páginas de parágrafos falando sobre a vista a diálogos. Surpreendentemente, Liz conseguiu equilibrar muito bem as duas coisas. A narrativa não é nem um pouco cansativa ou insatisfatória - eu senti a viagem de Julie como se eu estivesse lá junto. Ela passa por Paris, Roma, Pequim, Bali e vários outros lugares, mas nada foi melhor que a visão de uma americana sobre o Brasil, quando esteve no Rio. Aparentemente homens cariocas não prestam e nenhuma mulher tem celulite, porque venera seu corpo na academia. Ah, vendedoras de biquíni são rudes. Pois é.
Quando elas falaram dessa festa numa quadra de escola de samba, imaginei uma academia de dança com paredes espelhadas e barras de balé, e talvez algumas fitas penduradas e uma bacia com ponche, com professores disponíveis para ensinar aos iniciantes como se samba. [...] O lugar era do tamanho de um campo de futebol. Todos andavam com copos plásticos e latas. A excitação por saber que estava prestes a testemunhar algo que a maioria dos turistas nunca vê ao vivo já deixava meu coração disparado.
No meio tempo, os capítulos ainda voltam para os EUA e acompanham um pouco da vida das amigas de Julie. Como eu não estava com paciência para romance e dramas, achei essas partes bem chatinhas e cansativas, não via a hora de passar logo e atravessar o oceano para as aventuras da protagonista. Tudo no exterior era mais bonito, mais vivo, mais encantador. Até Julie parecia uma pessoa melhor quando estava conhecendo novas pessoas e culturas. Quero ir junto!
Como ser solteira é um chick lit que não tem piadas e que, no fundo, não passa de mais um romance em que as personagens fazem drama demais por estarem solteiras. Isso não é o fim do mundo, kiridas! Entretanto, tem um cenário maravilhoso, paisagens incríveis e um lado cultural muito bem apresentado. Talvez daqui a 30 anos eu dê valor para o lado auto ajuda do livro (pequeno, mas que existe). Por agora, só quero fazer a mesma viagem da protagonista. Paris, attendez-moi.
Bjs,
Para vc que me ama, Girlie Poderosa
acho que se não lesse sua resenha, nunca me interessaria pelo livro!
ResponderExcluirparece ser bem divertido... e não apenas um livro de auto ajuda chato :P
Gostei muito da sua resenha, mais no memento não sei se o leria.
ResponderExcluirNão sou tão fã assim histórias assim, e o livro não me chamou atenção suficiente para lê-lo.
Beijos...
Primeiramente você é boa com as palavras. Sabe se expressar bem. Parabéns.
ResponderExcluirTenho esse livro mas ainda não tive coragem de lê-lo. Amo chick-lit, mas não gosto de auto-ajuda. Fiquei mais tranquila em saber que esse lado é pouco explorado e que você gostou do livro. Será lido em breve, com certeza!
Só não entendi o porquê das três estrelas já que você disse várias coisas boas do livro!
ResponderExcluirOi Isabelle!
ExcluirSabe quando você gosta do livro, mas não consegue dar muitas estrelas? Perfeito caso. Eu gostei de Como ser solteira, mas o foco romântico e os vários trechos sobre as amigas de Julie realmente me cansaram. Nesse caso, o lado negativo tomou muita parte da minha avaliação, mesmo que eu não tenha entrado em detalhes na resenha por conta de spoiller.
Obrigada pelo comentário :)
Bjs
Ain to numa ressaca de livros desse genero (que eu nunca sei escrever), mas parece ser legal o livro, mas sei lá espero futuramente lelo quem sabe.
ResponderExcluirIxe, to que nem a Jessica Lisboa. Estou passando longe fo gênero por esses dias, mas fikadik pra quando eu fizer as pazes com ele :D
ResponderExcluirNunca li nada do gênero - apenas assisti a alguns filmes -, mas parece interessante. Também sou apaixonada por viagens, ao redor do globo então..aiai, se eu fosse solteira - e rik - com certeza ia gastar meus dias viajando por aí. O livro parece interessante, deixa eu terminar de ler a minha montanha tamando big, e procuro ele por aí.
ResponderExcluirBeijos gelados,
http://thetheatredesvampires.blogspot.com.br/