Amor sem limites — Abbi Glines

Amor sem limites — Sem limites #3
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580413120
Páginas: 188
Nota: 

Quando eu estava obcecada pelos romances de Abbi Glines e chegava a devorar dois no mesmo dia, acabei lendo Forever too far, último volume da trilogia Sem limites, mesmo querendo esperar pelo lançamento nacional. Claro que quando estamos lendo seguidamente, parece que as falhas não surgem, a empolgação com a história fala mais alto que o bom senso e todas essas coisas (é o mesmo esquema de assistir séries em maratona, como eu falei neste post). Depois de um bom tempo, de deixar a poeira baixar e então conseguir enxergar aqueles personagens com mais clareza, a nota cai. Se eu contar para você que, antes, tinha dado cinco estrelas para Amor sem limites, você acreditaria?

Esse é um livro desnecessário. Falei isso quando li pela primeira vez e agora, na segunda, só tenho mais certeza ao afirmar esse fato: não precisava. Abbi Glines, por favor, pare de ceder ao capitalismo! Não basta a trilogia ser composta por livros minúsculos que poderiam estar reunidos num único volume, o terceiro livro atinge um novo nível de dispensável. O enredo chegou ao fim em Tentação sem limites, e Amor sem limites é tipo a lua de mel. Só que antes do casamento, pois esse evento é outro plot da história.

Rush e Blaire estão felizes, apaixonados, começando sua vida a dois (ou a três) e tudo mais. É uma melação sem limites RÁ! que, para dar conteúdo para as quase 200 páginas, retoma assuntos que deram pano para a manga lááá atrás. Uma hora o pano acaba, sabe, Glines? Aquela história de Blaire se sentir minorizada quando perto de Rush e sua família, dele precisar escolher entre a noiva e a irmã... Tudo assunto que já deveria estar encerrado há eras. Mas está? A autora acha que não.

Há aquela estrutura típica e básica de romance clichezão mesmo: o casal que rejeita oxigênio desde que o outro esteja respirando e a vilã cujo objetivo de vida é ser a rainha do mundo daqueles pombinhos. Vamos dizer que Blaire e Rush estão insuportavelmente irritantes. Ela com sua necessidade de ser boazinha, docinha, nhenhenhé; Ele sendo absurdamente protetor de uma maneira obcecada. Gente, não, eca, espaço pessoal. Já Nan é uma Paola Bracho sem sofisticação, o que faz dela apenas mais uma vadia no mar de vilãs, e não uma vadia maravilhosamente cruel e fina, que consegue ser mais amada que a mocinha. E olha que dessa vez não é nem um parâmetro difícil, a única pessoa que ama Blaire é Rush. Verdade seja dita, o leitor apenas a suporta.

Quando está tudo terminado e não tem mais história para tirar de baixo do tapete, Glines faz sua última jogada para nos lembrar o que Paixão sem limites teve de tão excelente. A autora cruza o enredo com Estranha perfeição e trás um elemento da ~personalidade~ de Blaire que a gente só viu no primeiro livro e, depois, foi esquecido. O problema é que, para mim, foi tarde. Mais: foi mal desenvolvido, seja na cena ou na trilogia como um todo.

Se a formula de Abbi Glines é trazer uma novela mexicana para um livro new adult, ela perdeu a mão quando não percebeu que o último capítulo já tinha sido apresentado há tempos. A barra não foi forçada a exaustão porque não havia mais barra para forçar, e esse livro se tornou uma encheção de linguiça tão grande que as pequenas cenas fofinhas entre o casal principal não passa disso: fofinhas. E vamos combinar que, no começo da trilogia, um adjetivo comum no diminutivo não era o termo que a gente queria usar.

Comentários

  1. ainda não li este, mas sei lá, os livros são clichês, e é claro que uma hora se tornará cansativo...
    não estou tão empolgada pelo livro, porque acho que já deu também...
    ler sua resenha me deixou mais desanimada ainda, mas sei lá
    qeum saber eu leia uma hora dessas, quando não tiver nada melhor para fazer (ou ler)! hahaha

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  2. Gostei muito dessa trilogia, pena que você não curtiu esse último livro, eu achei os dois primeiros bem melhores, só fiquei um pouquinho decepcionada, mesmo assim quero muito ler os livros da outra série da Abbi Glines, já li Estranha perfeição e gostei muito.

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  3. Engraçado, aconteceu a mesma coisa comigo. Quando eu li a trilogia, eu fiquei apaixonada pela história e principalmente pelo Rush, mas agora, depois de ter passado bastante tempo e a poeira ter baixado, como você disse, eu consigo enxergar tudo com mais clareza e ter outra opinião sobre a história. Cheguei a conclusão de que: A Blaire é a rainha do drama, o Rush é um tapado, idiota e egoísta, a história é mal desenvolvida e com livros demais e a Abbi Glines só ta pensando em cada vez mais fazer mais e mais livros.

    Conclusão: a história agora, ao meu ver, se tornou chata e não consigo entender como eu me apaixonei quando li.

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