Batidas perdidas #3Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
ISBN: 9788576864509
Páginas: 154
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Eu
não tenho nada contra a prática de vender a alma para o capitalismo. Eu sei que
não é politicamente aceito admitir isso, porém, na verdade, até apoio a causa.
Produzir, vender, gerar economia e estimular o comportamento consumismo... Cadê
o problema nisso? Mas calma, não vou dar nenhuma aula de economia, estou apenas
preparando o terreno para contar para você que super aceito ser feita de trouxa
por autores que decidem publicar mais do que devem só pra ~fazer a economia
girar~.
Sou
otária nesse sentido e ok. Por me apegar muito a personagens, aceito ler seus
capítulos extras, novos pontos de vista ou qualquer outra coisa que derive de
um livro favorito. É sempre possível retomar o sentimento daquele primeiro
livro, não?
Se
você já me ouviu falar de Batidas perdidas do coração, deve estar cansado da
repetição. Mas só mais uma vez para quem é novo nas minhas divagações (oi, seja
bem vindo!): dor. Batidas é uma história comovente e angustiante, que se provou
surpreendente e one of a kind. Logo quando
soube deste lançamento, esperei que A escolha perfeita do coração fosse o capítulo feliz de Rafa e Vivi,
ou então a retomada daquela tortura psicológica toda e mais bombas para ter que
lidar. Fosse feliz ou triste, seria envolvente.
O
que eu encontrei foi mais uma obra do capitalismo e estou passando muito tempo
nos prédios de humanas. Pois é.
Assim:
não dá. Bianca inclusive admite nos agradecimentos que esse livro foi escrito
para ter algo para lançar na Bienal desse ano. Tipo, poxa! É notável como a
história foi mal trabalhada nessa continuação que nunca deveria ter existido. O
enredo, que nem merece ser comentado porque não vale a pena, conseguiu destruir
o que tinha sido tão incrivelmente desenvolvido no anterior. Os personagens
perderam a veracidade, o romance perdeu a credibilidade e o final de Batidas
que eu li e reli porque ♥, tive que reler para conferir se o inicio de Escolha fazia sentido. Infelizmente fazia, embora a impressão que dava era que a autora
pegou uma borracha e refez o ponto final de Rafael e Viviane. E, além do mais,
Descompasso infinito do coração já avançava no futuro, logo o que houve aqui
foi drama por drama e nenhum suspense. E nem era aquele drama bom.
Continuarei
lendo livros extras que não preciso, continuarei lendo os livros da Bianca, mas
estaria mentindo se dissesse que A escolha perfeita do coração foi algo além de uma decepção. Por mais
que a economia precise girar, podemos ao menos usar um pouco mais do bom senso
para ver o que é legal para os fãs e o que é um tiro no pé? Ainda assim,
recomendo Batidas. E só Batidas.
ainda não li nenhum dos livros dela, mas tenho muita curiosidade em ler o primeiro.
ResponderExcluiracho que só o primeiro, porque todos que eu conheço que leram os outros criticaram.
sério, lançar livro só para arrecadar mais grana tudo bem, mas mencionar nos comentários que escreveu só para ter algo para a Bienal dai já é o cúmulo né?
a autora perdeu o meu respeito neste ponto ai!!!