A escolha — Kiera Cass

A escolha — A seleção #3

Autora: Kiera Cass

Editora: Seguinte

ISBN: 9788565765374

Páginas: 352

Nota: 

Livros anteriores: A seleção, A elite

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Eu nunca me considerei fã-fãzoca de A Seleção. Eu amava as capas, adorava a premissa, porém na hora H não era essa coisa toda. Os livros deixavam a desejar, sabe? Só que também deixavam um gostinho de quero mais suficiente para não dar vontade de deixar a trilogia incompleta na estante. De certa forma, você sempre vai querer saber com quem America termina e o resto da finalização. Então o último livro saiu. E eu não consegui largar.

É sério. Eu não conseguia largar o livro até terminar a última linha da última página. Era o último ponto de Kiera e a vida não podia continuar antes de eu saber se era final, se era exclamação ou interrogação. Reticências, talvez? A escolha é um livro inteiramente para conclusão. Kiera não acrescenta mais plots a sua história, ela apenas lida com os que já tem. America está na reta final para ser a escolhida pelo Príncipe Maxon, mas isso inclui outros vários problemas, como seu antigo affair com Aspen, a questão de castas e não ser a preferida do povo... ou do rei. E a autora lida com isso, só. Alguém espalha uma campanha pelo mundo dizendo que é exatamente apenas isso que autores devem fazer em seus livros finais?

Sinto que America amadureceu muito ao longo desses três livros. Ela deixou de ser a garota insuportável que entrou n'A seleção, ela deixou de ser a garota indecisa e mimizenta que estava n'A elite. A protagonista assumiu seu lugar no mundo e aprendeu a lidar com ele, se mostrando forte e decidida. Uma salva de palmas, pelo amor de Deus, porque já não era sem tempo. 

Acho que houve, também, um amadurecimento geral nos personagens. Muita coisa aconteceu desde o principio da trilogia, se for pensar. Principalmente em questões pessoais que mudam de verdade a personalidade de alguém. Isso aconteceu não só com America, mas também com Maxon e Aspen. Principalmente Aspen. Quem diria que chegaria um livro em que eu não tivesse vontade de arrancar sua cabeça fora e dar para os cachorros selvagens do castelo? Veja bem, isso não é uma declaração, mas um grande passo na minha relação com o soldado.  MAS AINDA SOU TEAM MAXON POIS MAXON ♥

Tenho um pouco de pé atrás com o modo de Kiera lida com questões mais sérias. Sinto que na necessidade de fazer um livro que deixasse uma imagem bonitinha para os leitores, ela acabou passando batido em assuntos que tinham muitas lágrimas para arrancar. A gente já tinha conhecido sua capacidade de ser cruel no episódio com Marlee no segundo livro, então sabemos que havia como tocar o leitor em tais e tais cenas. Acabou que não só a autora passou a imagem de insensível, como também os personagens. É como se optar por usar esse plot tenha sido uma alternativa de última hora só para Kiera poder dizer que seu livro tem um quesinho distópico. Onde coisas ruins acontecem. Foi bobagem.

De longe, esse é o melhor livro da trilogia. Diferente dos outros, não há (muita) irritação com os personagens, frustração com a indecisão e tudo isso. A escolha é muito bem escrito, tem uma narrativa muito gostosa e é totalmente impossível de largar. É meio insensível, tá, mas isso não acaba por estragar todo o amor que esse livro representa. America fez as escolhas dela, e eu recomendo de verdade que você vá ler para ver quais são. Um adendo? EU VOU SENTIR TANTA, TANTA FALTA DE MAXON... 

Beijinhos ♥