Enquanto a chuva caía — Christine M.
Autora: Christine M.
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581634470
Páginas: 288
Nota: 
Não sei você, mas estou acostumada a acompanhar discussões literárias no twitter. É tipo a melhor coisa, sabe? Quando surge uma novidade que a maioria do pessoal tem interesse, pode saber que o assunto vai ser praticamente unânime na timeline. É assim quando vazam spoillers (de volumes finais), datas de continuações e autores queridos lançam um livro novo. Foi com essa animação toda que Enquanto a chuva caía, da brasileira Christine M., foi recebido na internet. Veja bem, as vezes você não pode se deixar contagiar pela loucura geral. Porém em outras... Você devia ler aquele autor que todo mundo diz que é bom. Campanha chega de enrolar com hashtag?
Christine M. é super elogiada pela comunidade leitora por seu primeiro livro, Sob a luz dos olhos, o qual eu não li enquanto ainda dava em circulação. Para o novo romance, o quarto do currículo, conhecemos a história de Erik e Marina. Ele é um agente duplo que não mede esforços para resolver suas missões. Marina é uma viúva de 25 que se tornou CEO de uma das mais respeitadas empresas de auditoria em Nova York, depois de seu pai ter sido afastado do cargo. Quando Erik é infiltrado na empresa de Marina como novo advogado, a vida dos dois se interliga e uma paixão surge no meio da chuva.
É um romance bem comum. Vale ressaltar que "um romance bem comum" está longe de ser considerado uma crítica. Enquanto a chuva caía fala apenas sobre dois personagens com uma carga de dramas pessoais para carregar, que se conhecem, se envolvem, e precisam superar algumas coisas que ameaçam o relacionamento. Um pouco mais intenso que sessão da tarde, mas facilmente um filme protagonizado pelo Zac Efron.
Na contra capa, já há uma afirmação que nenhum dos protagonistas pode ser considerado heróis, que eles não são os "bons moços". É tipo conversa de contra capa, eu sei, mas fiquei bastante surpresa que, nas primeiras páginas, Erik já fala que nunca teve problemas em matar pessoas, que é seu trabalho e tudo bem. Epa, amigo, quanta ousadia! Eu gostei de como isso saiu da linha típica dos personagens principais, só achei forçação de barra que Marina também tivesse uma personalidade ~contra a lei~. Deixe-me dar a real: ela não tem. Não adianta esperar Bonnie e Clyde porque não. Talvez Clyde, mas não Bonnie. Querida Marina, desculpa, mas manipular números em prol de negócios não faz de você nenhuma vilã. Pode não ser correto, mas também não faz de você um ás da maldade. Tem um bom caminho a percorrer, amigue.
Em termos de narrativa, eu não se culpo a autora ou o editor. Existe uma coisa muita chata em Enquanto a chuva caía que é a troca de ponto de vista sem nenhum aviso prévio. Erik e Marina se revesam para contar a história, mas você não é avisado quando alguém está narrando, quando mudou, quando voltou. Tem que pegar no ar. É pessoal, mas eu não gosto disso. Se quer narrar por duas pessoas, avise quem e quando. Caso contrário, escolha um personagem ou escreva em terceira. Em vários trechos ficou confuso, pois no mesmo capítulo chegava a ter narração dos dois protagonistas.
Eu gostei de verdade, foi um livro muito rápido de ler e difícil de largar. Enquanto a chuva caía se constrói em volta de um casal muito shippavel, e é natural que o leitor acabe envolvido com os mesmos, torcendo para seu final feliz. Não é um livro perfeito e nem deixou borboletas no estômago por tempo além da leitura, mas foi muito válido. Agora eu já conheço o trabalho de Christine e vou entrar na vibe da timeline quando um novo livro for lançado.
Beijinho♥
Christine M. é super elogiada pela comunidade leitora por seu primeiro livro, Sob a luz dos olhos, o qual eu não li enquanto ainda dava em circulação. Para o novo romance, o quarto do currículo, conhecemos a história de Erik e Marina. Ele é um agente duplo que não mede esforços para resolver suas missões. Marina é uma viúva de 25 que se tornou CEO de uma das mais respeitadas empresas de auditoria em Nova York, depois de seu pai ter sido afastado do cargo. Quando Erik é infiltrado na empresa de Marina como novo advogado, a vida dos dois se interliga e uma paixão surge no meio da chuva.
É um romance bem comum. Vale ressaltar que "um romance bem comum" está longe de ser considerado uma crítica. Enquanto a chuva caía fala apenas sobre dois personagens com uma carga de dramas pessoais para carregar, que se conhecem, se envolvem, e precisam superar algumas coisas que ameaçam o relacionamento. Um pouco mais intenso que sessão da tarde, mas facilmente um filme protagonizado pelo Zac Efron.
Na contra capa, já há uma afirmação que nenhum dos protagonistas pode ser considerado heróis, que eles não são os "bons moços". É tipo conversa de contra capa, eu sei, mas fiquei bastante surpresa que, nas primeiras páginas, Erik já fala que nunca teve problemas em matar pessoas, que é seu trabalho e tudo bem. Epa, amigo, quanta ousadia! Eu gostei de como isso saiu da linha típica dos personagens principais, só achei forçação de barra que Marina também tivesse uma personalidade ~contra a lei~. Deixe-me dar a real: ela não tem. Não adianta esperar Bonnie e Clyde porque não. Talvez Clyde, mas não Bonnie. Querida Marina, desculpa, mas manipular números em prol de negócios não faz de você nenhuma vilã. Pode não ser correto, mas também não faz de você um ás da maldade. Tem um bom caminho a percorrer, amigue.
Em termos de narrativa, eu não se culpo a autora ou o editor. Existe uma coisa muita chata em Enquanto a chuva caía que é a troca de ponto de vista sem nenhum aviso prévio. Erik e Marina se revesam para contar a história, mas você não é avisado quando alguém está narrando, quando mudou, quando voltou. Tem que pegar no ar. É pessoal, mas eu não gosto disso. Se quer narrar por duas pessoas, avise quem e quando. Caso contrário, escolha um personagem ou escreva em terceira. Em vários trechos ficou confuso, pois no mesmo capítulo chegava a ter narração dos dois protagonistas.
Eu gostei de verdade, foi um livro muito rápido de ler e difícil de largar. Enquanto a chuva caía se constrói em volta de um casal muito shippavel, e é natural que o leitor acabe envolvido com os mesmos, torcendo para seu final feliz. Não é um livro perfeito e nem deixou borboletas no estômago por tempo além da leitura, mas foi muito válido. Agora eu já conheço o trabalho de Christine e vou entrar na vibe da timeline quando um novo livro for lançado.
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