Centelha — Amy Kathleen Ryan
Centelha — Em busca de um novo mundo #2
Autora: Amy Kathleen Ryan
Editora: Geração Editorial
ISBN: 978858130231
Páginas: 376
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Eu já falei sobre minha relação com livros bons e esquecíveis, né? Provavelmente sim, já que é algo bem comum na minha vida - tão comum que eu deveria ficar com vergonha de contar. Eu sou do tipo que lê, adora, parte pra outra e esquece. Pra ler séries, conto pra você, é péssimo. Já cansei de ler continuações com apenas a memória de quem o antecessor foi um bom livro, e fim. Centelha, por exemplo, eu sabia ser continuação de Brilho - bom, polêmico, diferente. Porém o que "bom, polêmico, diferente" significava, eu só fui lembrar alguns bons três capítulos depois.
O segundo volume da trilogia Em busca de um novo mundo vai continuar narrando os problemas das naves inimigas, New Horizon e Empýrean, no caminho à Nova Terra. O livro começa no cenário caótico em que o outro terminou - Kieran é o novo chefe, Seth está preso por traição (embora não tenha sido devidamente acusado e julgado) e Waverly carrega a culpa do que aconteceu a vários membros da nave quando todas as meninas foram sequestradas pela New Horizon.
O cenário é complicado o suficiente para que apenas um bom desenvolvimento serviria para não se deixar levar pela maldição do segundo livro. É apenas entrar na onda, seguir a vibe ou qualquer uma dessas gírias praianas. Ryan trabalha com tantos temas - alguns deles, verdadeiros tabus - que o simples fato dessa mistureba existir já basta para que a trilogia ganhe vários pontos de originalidade. Construir um triangulo amoroso no meio de um ficção cientifica? Bobagem! Falar sobre sabotagem, lealdade, distúrbios de poder e religião? Isso sim é único - principalmente dentre young adults, vamos combinar.
O que mais me surpreendeu é a desconstrução de personagens que Ryan fez - e falo isso de um modo muito positivo, pois é bastante coerente. Tem tudo a ver com os assuntos que citei, já que todos influem diretamente na personalidade do trio protagonista. Quando comecei Brilho, nunca imaginava que Kieran se tornaria vilão, porém em Centelha, ele sucumbiu ao poder, se tornou detestável e eu bem que gostaria de dar uns tabefes em sua cara.
O triângulo amoroso não é exatamente amoroso - a não ser que seja do tipo Malhação, em que sempre tem alguém que obviamente não presta. Waverly e Seth são humanos, tem dúvidas sobre o que fazer e como agir e, óbvio, erram bastante. Eles variam entre serem bons personagens ou grandes chatos porque, bem, é isso que as pessoas fazem. Embora eu quisesse que eles fossem badass(es?) em tempo integral, achei compreensivo o ocasional mimimi.
Centelha me surpreendeu justamente por eu não ter memórias do antecessor e não ter criado parâmetros. Depois de ler - e lembrar - garanto pra você que superou as minhas lembranças e, sem dúvidas, também superou Brilho. Amy Kathleen Ryan não tem medo de polemizar e falar de religião de modo revoltante, o que com certeza lhe garantiu um bom número de haters por aí. Eu, por minha vez, admiro a coragem e mal vejo a hora de ler o volume final (por mais que eu vá esquecer o que li em alguns meses, mé).
O cenário é complicado o suficiente para que apenas um bom desenvolvimento serviria para não se deixar levar pela maldição do segundo livro. É apenas entrar na onda, seguir a vibe ou qualquer uma dessas gírias praianas. Ryan trabalha com tantos temas - alguns deles, verdadeiros tabus - que o simples fato dessa mistureba existir já basta para que a trilogia ganhe vários pontos de originalidade. Construir um triangulo amoroso no meio de um ficção cientifica? Bobagem! Falar sobre sabotagem, lealdade, distúrbios de poder e religião? Isso sim é único - principalmente dentre young adults, vamos combinar.
O que mais me surpreendeu é a desconstrução de personagens que Ryan fez - e falo isso de um modo muito positivo, pois é bastante coerente. Tem tudo a ver com os assuntos que citei, já que todos influem diretamente na personalidade do trio protagonista. Quando comecei Brilho, nunca imaginava que Kieran se tornaria vilão, porém em Centelha, ele sucumbiu ao poder, se tornou detestável e eu bem que gostaria de dar uns tabefes em sua cara.
O triângulo amoroso não é exatamente amoroso - a não ser que seja do tipo Malhação, em que sempre tem alguém que obviamente não presta. Waverly e Seth são humanos, tem dúvidas sobre o que fazer e como agir e, óbvio, erram bastante. Eles variam entre serem bons personagens ou grandes chatos porque, bem, é isso que as pessoas fazem. Embora eu quisesse que eles fossem badass(es?) em tempo integral, achei compreensivo o ocasional mimimi.
Centelha me surpreendeu justamente por eu não ter memórias do antecessor e não ter criado parâmetros. Depois de ler - e lembrar - garanto pra você que superou as minhas lembranças e, sem dúvidas, também superou Brilho. Amy Kathleen Ryan não tem medo de polemizar e falar de religião de modo revoltante, o que com certeza lhe garantiu um bom número de haters por aí. Eu, por minha vez, admiro a coragem e mal vejo a hora de ler o volume final (por mais que eu vá esquecer o que li em alguns meses, mé).
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