Isla and the happily ever after — Stephanie Perkins

Sexta feira. Dia de resenha de livro gringo. Aqui. Oficial. A partir de hoje. É sério, pode cobrar.

Anna e o beijo francês #3Autora: Stephanie Perkins
Editora: Dutton Juvenile
ISBN: 9780525425632
Páginas: 352
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Alguns livros você compra porque está na promoção por preço de banana. Alguns livros você compra porque a sinopse parece interessante e você pode gostar. Alguns livros você compra porque alguém falou bem e parece bonito ter na estante. Porém existem alguns livros que você compra porque precisa ler. Precisa em itálico pois é uma vontade que domina você. É aquela compra que não vai esperar na estante até você se animar a ler. É aquela compra que já chega sendo lida, amada, com um lugar especial no criado mudo e no coração. Essa sou esse e este livro é Isla and the happily ever after, terceiro (e último, quero chorar) romance da trilogia de Stephanie Perkins, que começou com Anna e o beijo francês. Depois de seis fucking meses esperando a Saraiva fazer a boa vontade de entregar minha compra, fiz uma festa em homenagem ao carteiro e abracei Isla como se fosse um amor perdido. Só então dediquei tempo da minha vida para devorar e amar cada letra desse livro maravilhoso. 
"You know what I like about you?" I ask, after a few minutes.
"My dynamite moves on the dance floor."
Pág 131

Estamos de volta a Paris! Os protagonistas da vez são Isla, uma garota tímida, topo da classe, e Josh, o amigo de St. Clair, lembra? Durante todos os seus anos na Escola da America em Paris, Isla alimentou uma paixão nada platônica por Josh, por seu jeito de artista e poucos sorrisos. É no último ano que ela toma coragem para falar com ele (depois de tomar alguns analgésicos, *cofcof*) e uma nova dupla está formada.

Em Anna e Lola, a fórmula foi mais ou menos parecida. Existia uma química danada, os protagonistas se tornavam OTP logo nas primeiras páginas, mas o romance era impedido por um deles já estar comprometido. Em Isla, é um pouquinho diferente: Josh está sozinho desde que os amigos se formaram e seguiram sua vida, e por ser muito tímida, o único amigo de Isla é Kurt, praticamente um irmão. Eles não tem nenhum problema para ser um casal - então a tarefa de Perkins é compor um livro com um casal que pode ficar junto e não ficar maçante por falta de emoção. O que, óbvio, não acontece - já que a autora é rainha, maravilhosa, etc. 

Isla e Josh vivem problemas normais de adolescentes - principalmente no último ano do ensino médio, em que há uma grande pressão para que você descubra quem quer ser na fila do pão. Isla é bastante insegura e, por mais que haja um mimimi cá e lá, é bastante justificável. Se você acompanhou a saga para o lançamento desse livro, deve lembrar que ele foi adiado porque Perkins teve depressão durante o período de escrita. Há fragmentos disso durante a narrativa. Querendo ou não, Isla se tornou um livro mais sério que os anteriores. Lola, por exemplo, falou de aceitação com uma personagem que sabe bem quem é hoje e quem será amanhã. Com Isla não há essa certeza toda. Foi nesse livro que a autora fez uso de um clichê do gênero que, até então, ela não tinha explorado com afinco: amadurecimento. E dúvidas. Anna sabia que gostava de cinema. Lola obviamente era apaixonada por roupas. E Isla sabe apenas que deve manter seu ritmo constante para que Kurt, que sofre de síndrome de Asperger, não quebre sua rotina.

Porém, acima disso, a trama é tão doce quanto deveria ser. Como sempre foi. Há pequenas piadas intercalando com pequenos momentos de agonia e uma fofura desmedida. A trama passa por Paris, por Nova York, por Barcelona e tem aquele clima de despedida por quase que o tempo todo. Em meias palavras, em detalhes e momentos, Stephanie Perkins se despede da trilogia fazendo o que sempre fez de melhor: encher de amor uma trama relativamente comum de young adult. Isla and the happily ever after é lindo e mal vejo a hora de que seja lançado no Brasil para poder reler e me deliciar novamente com esses personagens incríveis.

Nível de inglês: Fácil.

Bônus:

  • Participações:
Como os protagonistas antigos estão na America, a um oceano de distância de Paris, a participação deles no enredo é bem pouca. Porém, quando acontece, é de derreter de amor. Eu senti mais falta por estar mal acostumada com Lola, cuja influência de Anna e St. Clair é bem grandinha. Dessa vez, Isla e Josh se viram basicamente sozinhos. O que é uma pena, já que quanto mais desses lindos, melhor.
  • Releitura:
Como era despedida e eu tinha tempo, decidi reler Anna e o beijo francês e Lola e o garoto da casa ao lado para preparar o terreno. Se você puder, faça isso também. Talvez sua memória seja boa, mas eu não lembrava da pequena participação de Isla em Anna. Também não lembrava da pequena citação a Josh em Lola. Deixa mais especial, sabe?

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