Mentirosos — E. Lockhart


Autora: E. Lockhart
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765480
Páginas: 271
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Livros elogiados é quase como um gênero. O que você gosta de ler? Livros que os outros elogiam. Viu?, é verdade. É por isso que best sellers são best sellers, se você for pensar. Mentirosos é um dos títulos que mais recebeu amor desde que foi lançado na gringa, o que não foi diferente no Brasil. O lançamento foi acompanhado de muitos tweets emocionados e OLHA LÁ JOANA FICANDO COM A PULGA ATRÁS DA ORELHA. Aí eu li e não lembro se twittei a respeito, pois estava muito morta para conseguir falar sobre. Ainda não tenho certeza sobre meu estado emocional, mas vamos tentar.

Mentirosos é sobre uma família rica e tradicional: os Sinclair. Cadence desde sempre lembra dos verões na ilha particular da família ao lado, principalmente, dos primos cuja idade regulava. Junto de Mirren, Johnny e o amigo (cof cof) Gat, eles se autodenominam Mentirosos e reservam o melhor de sua vida para a estação que passam juntos. Porém um acidente faz com que Cadence perca a memória e passe um verão afastada de todos. Quando volta à ilha, no ano seguinte, embora as coisas pareçam iguais, elas ainda parecem um pouco diferentes. Só que Cadence não consegue lembrar o que.

Mentirosos parece um livro comum. Se não fosse os elogios da timelinda, eu provavelmente ignoraria o novo livro de E. Lockhart - já que, embora ok, seu último livro ficou longe de ser oh, marcante. A sinopse de Mentirosos comenta um mistério - o que aconteceu no bendito verão em que Cadence se acidentou, afinal? -, mas você lê, lê e lê mais um pouco e só se depara com uma trama comum de young adult, com dramas familiares e romance adolescente.

É dificílimo falar desse livro porque qualquer descuido e é spoiller. Falar sobre sentimentos é spoiller. Falar sobre suspeitas pode levar a falar mais do que deve. É difícil, cara. E é difícil também por causa dos, né, sentimentos. Vamos apenas comentar que, como eu tinha ouvido falar sobre ser *BOOM*, passei quase todas as páginas criando novas teorias em busca de pistas que eu mesmo colocava e encontrava. No final (bem no final) eu dei oi pro chão, roubei tijolos do vizinho em obras pra reconstruir minhas estruturas e estou aqui comentando com você, em meias palavras, o que eu senti. Senhora Lockhart, parabéns, DEXXXXTRUIDORA você, hein.

A narrativa é gostosinha, mas a falta de objetivo de quase todo desenvolvimento acaba deixando maçante. Lockhart é um tanto poética em descrever sentimentos e algumas situações, é bonito de ler, mas até você descobrir o segredo que ela está te contando, você se sente arrastado e enrolado. E agora eu vou calar a boca pois jamais quero estragar a surpresa de quem for ler. Leia, viu? E tente não teorizar tanto... quem sabe *BOOM* menos.

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