Bad girls don't die — Katie Alender

Sexta feira. Dia de resenha de livro gringo. Aqui. Oficial. É sério, pode cobrar.


Bad girls don't die — #1Autora: Katie Alender
Editora: Hyperion
ISBN: 9781423108764
Páginas: 352
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Não é de ontem que eu gosto de livros de terror. Também não é de ontem que a capa de Bad girls don't die chamou minha atenção. O livro habitou minha lista de desejados por meses até que eu tomasse vergonha na cara e abrisse o ebook que tinha no celular. Sabe o que eu descobri aí? Que não sabia do que se tratava o livro.

Existe um plot forte quando falamos de terror e esse é a possessão. Nada aterroriza como tal tema, o que se pode reparar com a quantidade de filmes desse tipo que figuram sempre as listas de mais assustadores. Bad girls don't die parte com essa ideia, aliada de outro elemento que sempre rende apreensão: crianças bizarras.

Não que a irmãzinha de Alexis fosse bizarra. Ela não é... ou não era. Tem algum tempo que Alexis começou a reparar algumas coisas estranhas em Kasey, de 12 anos: a mudança na cor dos olhos, o uso de linguagem excessivamente rebuscada, além de algumas atitudes um tanto, hum, sinistras. De repente, os problemas típicos de ensino médio não são sua maior preocupação... Esta, no caso, dorme no quarto ao lado.

O livro tem esse ponto de partida misterioso, mas no fundo não passa de um young adult. Essa é sua maior fraqueza, pois por mais que o enredo queira engrenar para um lado mais assombroso, a trama sempre vai voltar para high school e os personagens caricatos desse cenário. Eles podem não ser muito relevantes, porém quebram alguns momentos de alta tensão que envolvem Alexis e Kasey.

A protagonista é o tipo rebelde que funciona muito bem dando as coordenadas da história, considerando o feeling high school que cerca tudo. Porém, por mais interessante que fosse alguém que está constantemente com o "foda-se" ligado, ela é cética demais para o que está embaixo do seu nariz. Ah, mas Joana, quem é que pensa que a irmã tá com o capiroto embutido?  Não sei, mas que é irritante sua insistência fajuta na descrença, é. Assim como é irritante o modo como nenhum dos personagens sabe onde procurar informações sobre o assunto. PEGA A CRUZ, GENTE, A ÁGUA BENTA, FAZ ALGUMA COISA!

Ainda assim, a autora conseguiu manter um clima instigante, ora assustador, ora tensão danada, por quase o livro inteiro. Tive a impressão que o que Alender fez foi o que Lauren Myracle tentou em Bliss, mas se perdeu por não saber onde jogar a isca. Katie Alender soube não apontar para todos os lados e manteve o suspense equilibrado no que se arriscou. Por mais que o final tenha sido pouco trabalhado, as reviravoltas que levaram para tal geram um contraposto agradável.

Eu gostei, mas não sei se recomendo. É uma história boa, longe de ser a melhor do gênero, mas com bons momentos. Não seria um problema se Katie Alender soubesse quando parar e desse um ponto final para a história de Alexis e Kasey ainda em Bad girls don't die. Porém, essa é uma trilogia em que as mesmas personagens continuam sendo principais. Desculpe ser pessimista, mas não vejo como isso pode dar certo.
Nível de inglês: Médio

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