Uma história de amor e TOC — Corey Ann Haydu
Autora: Corey Ann Haydu
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501100580
Páginas: 320
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O que eu mais gosto desse tipo de literatura é que está clareando o que conhecemos por distúrbios mentais e nos tirando da caixinha equivocada do esteriótipo. A gente encara TOC como bipolaridade, que também é vista erroneamente. Se você muda de opinião é bipolar, se você tem álcool gel na bolsa, tem TOC. A função desses sick lit é mostrar o que vai além da informação disseminada comumente: o que é sofrer disso pelos olhos de quem tem.
Pode ser ficção, mas há uma boa pesquisa por trás. Haydu nos apresenta dois personagens principais: Bea, que é obcecada por pessoas e suas histórias e suas decisões e sua segurança; Beck, que gosta de malhar e lavar as mãos e de séries de 8. Os dois, de modos completamente distintos, sofrem do transtorno.
Eu falaria sobre a trama, o plot dos dois se encontrando e tentando um relacionamento apesar das peculiaridades, mas isso não é importante. Na verdade, o plot principal de romance é chato e cansativo. O forte da autora se firma nos personagens: quem são, o que fazem e como lidam com o cenário ao redor. Nisso, nós somos levados mais profundamente para as nuances de suas obsessões, como isso influencia seu dia a dia e seus relacionamentos. É aí que Uma história de amor e TOC se destaca, sendo muito mais sobre TOC do que sobre amor.
Porque, vamos combinar, o romance é tão mal trabalhado que a autora nem se esforçou para fazer acontecer. Duvido que ela realmente queria dar força a esse lado do enredo.
Beck é um personagem que se aproxima do que conhecemos por TOC: maníaco por limpeza, saúde, algum número. É Bea que propõe a maior saída do esteriótipo: ela usa roupa de brechó, afinal de contas. Por outro lado, ela é stalker - sim, do modo creepy. Alguma pessoa chama sua atenção e, pimba!, ela está obcecada.
Achei bastante interessante o modo como a autora aborda o tema, porém como young adult, Uma história de amor e TOC é bem mediano. Não há carisma nos personagens ou no seu romance, porém suas obsessões rendem plots chamativos e ousados. Gostaria que tivesse sido trabalhado como um todo, mas recomendo se você tiver interesse em saber mais sobre a condição.
não tinha lido nenhuma resenha deste livro ainda, mas que pena que a autora deu um deslize no romance do livro
ResponderExcluirjá tive toc, mas comparado à outras pessoas que eu conheço, de forma bem mais leve.
tenho curiosidade em ler este livro para saber como uma pessoa realmente se sente, apesar de já ter uma ideia.. =/
Estou bastante curiosa em ler esse livro, nunca li nenhum história e que algum personagem tivesse TOC, curto muito um sick lit e cada resenha que leio desse livro me deixa ainda mais interessada em conferi essa história.
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