Timestorm — Tempest #3Autora: Julie Cross
Editora: Jangada
ISBN: 9788564850712
Páginas: 368
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Tempest foi incrível, mas não se pode dizer o mesmo da continuação, Vortex. É difícil avaliar uma trilogia quando o primeiro e o segundo volume são tão distintos, seja em ideia ou execução. Você acaba esquecendo o que amou (eu tenho sérias dúvidas se Tempest foi realmente tão bom quanto eu lembro) e não tem bem certeza do que esperar do volume final – se é que pode esperar alguma coisa. Não é legal terminar uma trilogia e não estar triste por dar adeus, sabe?
Uma confusão danada: é esse o ponto em que estávamos. Está tudo uma bagunça, o leitor não tem mais ideia de quem é quem, quem está vivo de verdade ou vivo de mentira, em que dimensão estamos, que ano é hoje e quem sou eu, eis a questão. Loucura das grandes em que Julie Cross tem apenas de solucionar de modo crível. Aquele modo crível que eu elogiei tanto em Tempest, já que foi a única autora que me convenceu que viagem no tempo pode funcionar. Sabe o que eu acho? Que Cross usou e abusou tanto de sua habilidade no primeiro livro que esgotou para o restante.
Para Vortex, eu tinha expectativas baixíssimas beirando o chão. Para Timestorm, eu já pensava mais positivo pelo segundo livro não ter sido tããão ruim quanto eu esperava. Isso não é lá um elogio, mas funcionou razoavelmente. A questão é que a trama chegou num ponto tão desamarrado e cheio de furos, sem nenhuma linha lógica concisa por qual o leitor poderia usar como base para criar teorias, que a sensação que dá é que o editor disse para Cross escrever qualquer coisa e fique isso como final. Grande coisa que você achou que este seria um dos melhores livros da vida quando conheceu a trilogia alguns anos atrás.
Em Timestorm, todo mundo que já morreu, está vivo. Tudo que era mentira, Jackson viajou para o passado e fez ser verdade. O que era verdade, virou mentira. Não há certezas nem nada. É uma bagunça, e só consigo pensar nessa palavra para colocar a situação em que o livro começou. E, cá entre nós, já começa em tal estado frenético que, para o leitor que esperava, no mínimo, ser introduzido, fica a ver navios tentando entender o que aconteceu entre o último ponto de Vortex e a primeira letra maiúscula de Timestorm. E deixa eu te ensinar uma coisa, Cross: CLIFFHANGER É UM TROÇO SÉRIO, não dá para brincar de colocar e apagar. Durou o que? Quatro tweets do Malafaia?
Eu estava ansiosa pelo livro e assim que chegou, já pulei a fila e dei passagem imprópria para o último livro de Tempest. Sinceramente, só foi decepcionante se considerar o primeiro livro, porém se pensar no que foi apresentado em Vortex, Timestorm não fez nada além do esperado. Criou confusão, arrumou confusão, a bagunça ficou ligeiramente organizada e dá para dizer que, ok, Julie Cross conseguiu flertar com notas altas e marcações de favoritos para sua trilogia de estreia. Vamos esperar que na próxima vez ela não apenas flerte, como troque o status para relacionamento sério.
Que horrível. Essa trilogia tinha tudo para ser excelente, mas esse negócio de ficar mudando as coisas no meio do caminho, não é legal. Aliás, se autora tivesse sido competente, até daria certo. Mas parece que não chegou nem perto da qualidade do primeiro livro.
ResponderExcluirConfesso que desanimei total. Não pretendo ler esses livros.
bjs