Ghostgirl por Tonya Hurley

Ghostgirl #1
Charlotte Usher está no último ano do ensino médio e se sente praticamente invisível na escola, até que um dia fica invisível de verdade. Pior ainda: morre. E tudo por causa de um cara e uma bala de goma. Mas ela está tão desesperada para ser popular que o desejo permanece mesmo após sua morte repentina. Aproveitando suas habilidades de fantasma, Charlotte não descansará enquanto não conseguir o amor de Damen, o garoto dos seus sonhos. Romance de estreia da autora e cineasta Tonya Hurley e best-seller da lista do New York Times, o livro foi traduzido para mais de vinte idiomas, incluindo francês e espanhol, e é o primeiro volume da trilogia Ghostgirl. 

Autora: Tonya Hurley
Editora: Agir
ISBN: 9788522009190
Páginas: 320
Nota: 

Eu queria ler Ghostgirl desde que foi lançado há muito, muito tempo (ok: há dois anos). A capa é legal (tem detalhe vazado como um caixão), a sinopse é aquele clichê de high school com um diferencial único e cheio de potencial. Tudo bem que não tinha visto ninguém declarar como favorito e citar Tonya como uma das melhores autoras de YA dos últimos tempos, mas eu tinha esperança. Não grandes, não absurdamente inalcançáveis, apenas expectativas por um bom livro. Vou repetir: Ghostgirl tinha potencial. Tinha do verbo Ter no passado.

Numa tentativa de se tornar popular e ser convidada para o baile da escola pelo garoto dos seus sonhos, Damen, Charlotte começa o ano decidida a não ser mais invisível. É seu último ano no ensino médio e ela quer ser lembrada por algo mais do que a garota sentada no canto da sala. Ponto para ela, que será lembrada como a garota que morreu engasgada com uma bala de goma no primeiro dia de aula. Tinha como ser mais injusto? Mas a morte não é suficiente para Charlotte desistir de seus sonhos e, mesmo vivendo numa dimensão paralela, ela está decidida a ser popular no seu colégio do mundo dos vivos. Para isso ela conta com a ajuda de Scarlet, irmã punk da abelha rainha do lugar e única pessoa capaz de ver seu espirito vagante.

Das protagonistas chatas, Charlotte está concorrendo para ser a insuportável-mór. Não tenho nada contra o desejo de ser popular e sei que existem vários modos de fazer isso dar certo (como Dan em Gossip Girl ou Como ser popular da Meg Cabot). Contudo, os índices de futilidade da protagonista são maiores que o número de palavras erradas no facebook. É simplesmente demais! A garota morre e tudo, tudo que se preocupa é com ser popular entre os antigos colegas e ficar com Damen. Como está sua família de luto? Os problemas da dimensão paralela que agora vive? O aquecimento global e os animais em extinção? Bobagem. O que importa agora é conseguir se comunicar com Damen e ver em primeira mão os vestidos que as populares vão usar no baile.

Os personagens são muito estereotipados, vivos ou não. A garota popular é fútil e babaca, namora o garoto também popular que, na verdade, é só mais um menino comum que é bonito demais e joga bem e virou popular por consequência, mas é uma boa pessoa que não suporta as criticas da namorada. Ela também tem uma irmã bizarra e oprimida, que usa roupas pretas e abraça o lado punk da vida (mesmo que isso signifique deixar uma garota estranha que morreu dias antes possuir seu corpo para falar com um garoto que também é seu (?) cunhado). Sabe onde quero chegar? É tudo muito óbvio, forçado e pouco criativo. Tonya não inovou na personalidade de ninguém, só jogou personagens prontos no meio de uma história qualquer e foi escrevendo para ver onde isso ia dar. A abertura que Ghostgirl tinha para ser uma história legal continuava ali, mas com todos os personagens sendo terrivelmente chatos? Ficou complicado. Impossível, quase. Senti uma veia cômica na autora quando ela quis contar mais sobre os fantasmas que Charlotte conheceu depois de morta, mas ainda ficou longe de ser engraçado. Cada vez mais e mais forçado.

Sendo muito legal, vou dizer que Ghostgirl não é 100% ruim. A diagramação é ótima, de verdade. Porém, capa, troca de capítulo e rodapé não seguram livro nenhum, então posso dizer que não houve nada que salvasse a leitura. A história, os personagens, o desenvolvimento, o pseudo-romance, a pseudo-fantasia, o pseudo-esse livro é legal... Sinto muito, mas não rolou. É um livro bonitinho de ter na estante, mas pra ler? Dá pra passar.
Beijinhos ♥

Comentários

  1. Não curti a proposta da história e confesso que a personagem já me irritou só pela sua descrição! rs
    Detesto este tipo de personagem que vive buscando a popularidade a qualquer custo e não tem mais nenhum objetivo de vida (ou morte! rs). E esteriótipos também não ajudam a tornar a história mais interessante.
    bjs

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  2. é a primeira resenha que vejo do livro, apesar de ter ouvido muita propaganda dele e talz...
    a proposta é até mais ou menos, mas realmente, parece ser um livro fútil demais! :S
    a capa é linda, e é isso que me motiva a comprar :D

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  3. Eu até gosto da capa do livro, mas me desanimei logo na sinopse... Nada me atraiu nele. Lendo a resenha aí é q não quero mesmo ler....

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  4. Lembro desse livro e de ter achado a história bacaninha. Mas já viu, bacaninha não é livro que vale muito a pena ler...meio estranho :S
    Sei lá se leria...

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  5. Não me chamou a atenção nenhum um pouco. Como você mesma disse, capa e diagramação não seguram a história. Com certeza vou passar longe dele!

    Beijos
    Lucas

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