Perdida por Carina Rissi

Perdida #1

Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Autora: Carina Rissi

Editora: Verus

ISBN: 9788576862444

Páginas: 364

Nota: 

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Se você é brasileiro (a), estou assumindo que já conhece Carina Rissi. Ela está na lista de autores nacionais favoritos de 9 a cada 10 bookaholics, e Perdida é quase um clássico brasileiro dos romances contemporâneos (mesmo que clássico se contraponha a contemporâneo, você entendeu meu ponto, certo?). Pode que a sua timeline não seja assim, mas a minha é repleta de fãs de Perdida desde 2011, quando a primeira edição do livro foi lançada. Contudo, só fui ler agora. Alguém pode, por favor, me dizer porque levei tanto tempo?

Somos apresentados a Sofia, uma garota cética, workaholic e viciada em tecnologia. Ela não sabe viver desconectada e perder o celular é quase o fim do mundo - principalmente caído na privada de um lugar qualquer. Entretanto, o seu pior pesadelo mesmo é ser teletransportada para 1830, antes da luz elétrica e do microondas. Acontece que seu novo celular, super high-tech, nada mais é que uma máquina do tempo sem botão de volta. Agora ela está presa no passado com roupas curtas demais, comportamento moderno demais e dinheiro que não vale nada na carteira. O caos!... se não fosse por um cavalheiro montado num cavalo (que não é alado, mas ainda é um cavalo) para lhe salvar. 

70 páginas são suficientes para a história pegar ritmo e ficar impossível de largar. Sofia é mandada para o passado logo nos primeiros capítulos e sua adaptação a nova realidade também não leva muito tempo. Se leva, nem reparei, porque tudo que me moveu na história foi Ian, a primeira pessoa a encontrar Sofia em 1830 e que a hospeda em sua própria casa. Estou apaixonada, minha gente, muito. Ele é encantador, simplesmente isso. A química entre os personagens é imensa, legítimo OTP que faz a gente amar junto. Ele é o clássico herói de conto de fadas: lindo, inteligente, educado, que fica extasiado com a maravilha tecnológica que é a caneta. Repito: Não. Tem. Como. Não. Amar.

O livro não é exatamente engraçado. Tem boas tiradas, a gente ri, mas não chega a ser gargalhadas-infinitas-preciso-de-lenços-pois-chorei. Perdida é uma mistura maravilhosa de chick lit com romance histórico, pegando o que tem de melhor nos dois gêneros e jogando um pouco de originalidade mascarada de fantasia. Quando a história se estabiliza em 1830, que a protagonista já está mais familiarizada com o cenário, as páginas começam a correr em velocidade exagerada. Não estou dizendo que a autora apressou os acontecimentos, nada disso. O caso é que bastam dois minutos (ok, três horas) para *puff* acabou. E você nem reparou que não vai ter nem cinco horas de sono mais.

Pode ser extremamente fantasioso, mas uma das características mais fortes de Perdida é que é um livro real. Os personagens são reais, os diálogos são reais. Em outras palavras, a história ganha toda sua credibilidade por mérito. Eu amei o livro, muito muito muito. Vale citar que semana passada a autora confirmou que ele vai ganhar filme em meados de 2015, sem falar que existe uma continuação em algum futuro (espero) breve. Entrou na lista de meus livros favoritos e eu realmente conto que entre logo na sua.  

Beijinhos ♥