Caçadora de Unicórnios por Diana Peterfreund

Ordem da Leoa #1
Esqueça a lenda. Unicórnios não são fofinhos. Nem alados. Muito pelo contrário: são cruéis, carnívoros e venenosos. É o que Ariel cansou de ouvir de sua, digamos, "um pouco obcecada" mãe. Ao que parece, as duas fazem parte de uma longa linhagem de caçadoras de unicórnios, descendentes de Alexandre, o Grande. Ah, e o Bucéfalo? O famoso cavalo do mais temido conquistador da história? Sim, você adivinhou... Unicórnio. Claro que Astrid costumava zombar dessas excêntricas histórias - até que o namorado foi atacado por um... pônei com chifre? E salvo do estranho veneno por uma droga milenar, um remédio mítico feito à base de unicórnios e guardado com zelo insano pela mãe de Astrid. Por isso, agora ela está indo para um claustro em Roma. Um antigo centro de treinamento para caçadoras. No entanto, na antiga Ordem da Leoa, nem tudo é o que parece. Fora de seus muros, os unicórnios esperam para atacar. E dentro, Astrid enfrenta outras ameaças inesperadas: paredes cobertas de troféus de caça vibram com um poder terrível, as outras caçadoras, e até mesmo seus patrocinadores sugerem intenções escuras; mas o mais perigoso talvez seja a atração crescente por um estudante de arte... uma atração que pode pôr tudo a perder...

Autora: Diana Peterfreund
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501098603
Páginas: 356
Nota: 

Adoro histórias absurdas e irreais, mas vamos concordar que nem todas funcionam fora da nossa cabeça. A imaginação pode ser a melhor arma de um bookaholic, porém, querendo ou não, acreditar ou não em uma história é responsabilidade nossa. Assim como se deixar envolver, se prender, cair de cabeça naquele universo e mitologia... O autor pode tentar com suas unhas e dentes (e dedos e bloco de notas), entretanto quem vai fazer isso somos nós. É por essa razão que sinopses originais são cada vez mais raras e malucas. É preciso muito mais esforço por parte do escritor - e do leitor - para sustentar tudo aquilo. Por exemplo, unicórnios assassinos.

Diana Peterfreund é conhecida por aqui por sua série Sociedade Secreta (resenha), um YA inteligente e quase nada fantasioso. Então, para uma autora que escreve sobre coisas mais reais, a série Ordem da Leoa é muito novo, diferente e destoante. O mundo pode parecer com o que conhecemos, mas escondidos nas sombras, estão unicórnios sanguinários prontos para matar dolorosamente qualquer um que cruzar sua frente... Exceto garotas virgens descendentes de Alexandre, o Grande. Astrid, uma americana de 16 anos, é uma delas. 

A história começa mesmo quando um pônei com chifre ataca o namorado de Astrid, Brandt, e todas as histórias malucas sobre unicórnios assassinos que a mãe da garota tanto contava e recontava, se provam verdadeiras. Logo ela é enviada para o outro lado do oceano, para se juntar a várias outras garotas capazes de caçar essas temíveis criaturas, como parte de sua herança de sangue. O problema é que Astrid não quer caçar unicórnios. Ela quer continuar nos EUA, fazer faculdade de medicina e ver corpos humanos abertos, não de uma espécie mitológica que até ontem acreditava ser bobagem. Em outras palavras, o que temos é muito mimimi "não queria estar aqui", "por que minha mãe fez isso comigo?" e "vou perder a virgindade com um estranho para me livrar das caçadoras". Não que Astrid seja uma protagonista ruim, contudo também não é das melhores. Caçadora de unicórnios seria muito mais divertido e dinâmico se fosse narrado por Phil, prima da protagonista, a personagem esperta, bad ass, sarcástica e espirituosa que todo livro precisa, por lei poética, ter.

Diana escreve muito bem e isso é conhecido de qualquer um que já leu alguma obra dela. Suas palavras fluem, o senso de humor é inteligente e sagaz, os diálogos são ótimos. Mas talvez pela falta de familiaridade em escrever sobre universo fantástico, a coisa toda não colou. A parte histórica da Ordem da Leoa é muito bem feita (afinal, se é pra escrever sobre sociedades secretas com membros jovens, ela é o primeiro nome lembrado), só que as cenas de ação, os unicórnios... Faltou alguma coisa. Ou, quem sabe, seja só minha dificuldade de imaginar que aquelas criaturas brilhantes que vomitam arco iris sejam capazes de matar alguém pelo simples fato de respirar. 

É uma leitura rápida, agradável, mas não a mais envolvente. Caçadora de Unicórnios serve como primeiro volume, já que leva muito tempo introduzindo e explicando, contudo não fica só nisso o tempo todo. As coisas acontecem e Diana consegue incorporar temas bem relevantes pra deixar ganchos fortes e atrativos. A autora é ótima e tem um potencial imenso, o que eu desejo ver refletido nas próximas continuações. Eu recomendo pra você que gosta de histórias novas e únicas e que não tem medo de arriscar em excentricidades.  
Beijinhos 

Comentários

  1. Realmente este não é um livro que me atrai. Não sei o motivo, mas quanto mais fantasioso, menos eu curto (tudo bem que há exceções, principalmente em filmes). Desta vez, passo!
    bjs

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  2. Não, não me parece ser o tipo de leitura que eu gostaria :(
    Isabela

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  3. Esse não conhecia e achei até legal, mas não chamou muita atenção. Para mim não deu muita vontade de ler...

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  4. Eu não conhecia a autora, a leitura do livro foi uma completa surpresa para mim. Aliás, uma muito grata surpresa, não conseguia parar de ler nem por um momento, ontem e hoje foram dias dedicado ao livro, já escrevi minha resenha e ainda to aqui vendo o que outros leitores pensaram sobre o livro \o/ Já sou fã da série!!! Gostei do seu ponto de vista, um pouco mas critico que o meu que gostei de tudo, mas ainda assim concordamos com a parte positiva da história e ainda avaliamos o livro da mesma maneira!

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  5. Gosto muito da outra série da autora mas essa não me conquistou.

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