A Invenção de Hugo Cabret por Brian Selznick

A invenção de Hugo Cabret

Hugo Cabret é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930. Esgueirando-se por passagens secretas, Hugo toma conta dos gigantescos relógios do lugar: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento da máquinas.

A sobrevivência de Hugo depende do anonimato:ele tenta se manter invisível porque guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam o caminho do garoto.

Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e uma homem mecânico estão no centro desta

intrincada e imprevisível história, que, narrada por texto e imagens, mistura elementos dos quadrinhos do cinema, oferecendo uma diferente e emocionante experiência de leitura.

Autor: Brian Selznick

Editora: SM

ISBN: 9788576752035

Páginas: 534

Nota: 

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Eu não sou a maior fã dos filmes que ganham o Oscar, nunca consegui gostar desses dramas profundos... Eu olhei 15 minutos de O Discurso do Rei - filme ganhador de 2011 - e dormi. Também não tenho vontade de olhar The Artist, um filme preto e branco mudo - a tecnologia avançou por um motivo, bebê. Entretanto, fiquei curiosa com A invenção de Hugo Cabret, ganhador de cinco estatuetas. Mas antes de me arriscar no filme, por que não tentar o livro? Só posso dizer que eu não vejo a hora de sair em DVD.

Hugo tem 12 anos e vive sozinho numa estação de trem desde que o pai morreu e o tio desapareceu. Secretamente, ele conserta os relógios de lá, sobrevivendo com algumas comidas roubadas. As coisas começam a se complicar quando é pego roubando brinquedos em uma loja da estação, e ao revisar seus bolsos, o rabugento dono da loja confisca um misterioso caderninho que contem o centro da vida de Hugo - um homem mecânico que ele precisa arrumar.

A Invenção de Hugo Cabret é enorme, mas eu li em poucas horas. Tem o serviço de diagramação mais lindo que já vi, com margens pretas e desenhos extremamente detalhados que ocupam boa parte do livro. Para ter uma ideia, a história vai começar mesmo lá pela página 46. É rapidíssimo de ler, além de ser uma história bastante cativante.

Hugo nos envolve em seu mundo, esgueirando-se pelos cantos de Paris, consertando relógios e tentando sobreviver em segredo num dos lugares mais movimentados da época. O mistério que começa quando o caderno é tirado dele vai conquistando aos poucos, você começa a ficar cada vez mais curiosa com o que significa o automato, a chave, e o que o dono da loja de brinquedos tem a ver com isso.

A narrativa de Brian é simples, diferente de seus desenhos rebuscados. A invenção de Hugo Cabret foi uma ótima surpresa, eu adorei. É uma aventura diferente do que estou acostumada e gostei de conhecer a Paris de 1930. Não foge muito dessas histórias cult que a Academia gosta, mas o livro tem um certo carisma com o leitor que, imagino, tenha sido o motivo dos cinco Oscar. Recomendo =)

Bjs,

Para vc que me ama, Girlie Poderosa