Codinome Cassandra por Meg Cabot

Codinome Cassandra - Desaparecidos #2

Com spoiller do livro anterior

Jessica Mastriani foi tachada como a “Garota do Raio” pela imprensa quando ela desenvolveu uma habilidade psíquica de encontrar crianças desaparecidas depois que foi atingida por um raio, durante uma grande tempestade. Agora Jess perdeu seu poder milagroso... Ou pelo menos é o que ela gostaria que a imprensa e o governo acreditassem. Tudo o que ela quer é ser deixada em paz. Mas parece que Jess não vai conseguir realizar seu desejo — especialmente quando está trabalhando em um acampamento de verão para crianças com genialidades musicais. Quando o pai de uma criança desaparecida aparece implorando para Jess encontrar a sua filha, Jess não consegue dizer não. Agora os agentes federais estão na sua cola novamente, assim como um padrasto malandro, que gostaria de ver a Garota do Raio, bem, morta.

Autora: Meg Cabot

Editora: Galera Record

ISBN: 9788501088185

Páginas: 286

Nota: 

Livros anteriores: Quando cai o raio

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Já cansei de dizer isso, mas Meg Cabot é famosa por ter várias facetas. Ela escreve YA muito bem, faz rir com seus chick lits, escreve sobre princesas com a mesma facilidade que escreve sobre garotas que trocam de cérebro com super modelos. É esse seu grande trunfo: suas palavras fluem independente do cenário. Boa narração e protagonista divertida são características que movem um livro. A série Desaparecidos é um exemplo: mesmo que o enredo não seja dos mais incríveis, a história contada por Jess deixa as coisas melhores.

Com todo o assédio da imprensa e da FBI, Jess foi obrigada a mentir sobre seu talento. Da mesma rapidez que ganhou seus dons especiais, ela os "perdeu". Para não desperdiçar a chance de encontras as crianças desaparecidas, ela conta com ajuda e faz tudo anonimamente. Nesse mesmo tempo, ela vai passar as férias trabalhando como monitora em um acampamento para jovens talentos na música. Porém, ao invés de passar noites fazendo clube da Luluzinha, ela foi mandada para o Chalé Bétula, de garotos de 12 anos. Agora Jess precisa salvar crianças sequestradas, cuidar de um bando de pirralhos travessos, e tentar conquistar Rob, que alega o tempo todo que ela é chave de cadeia. E, pior, ela sabe que é a mais pura verdade.

O problema do livro é que, assim como foi em Quando cai o raio, as coisas não acontecem. Peraí, me expressei mal: as coisas acontecem, você não as sente. A história é rápida demais. Problema-solução-outro problema-outra solução-fim. Clímax? Eu não consegui entrar no mundo de Jess para sentir. É muita narração para pouca ação. Codinome Cassandra ganha forma lá pela página 200, e mesmo assim, não é envolvente. Você lê rápido, as palavras fluem, é bem escrito, mas a história não te prende; não fiquei curiosa, não fiquei agoniada, não tive vontade de entrar madrugada lendo. 

No mais, a protagonista continua ótima! Em Codinome Cassandra, Jess tem mais controle sobre seu poder, mais jogo de cintura e consegue entender os casos com mais facilidade. Ela é durona, a gente a conhece na detenção, ela enfrenta seus inúmeros problemas, lida com garotos de 12 anos que sabem irritar (enfase: sabem irritar!), e não perde para nenhum agente federal. Rob demora para dar o ar da graça - só lá perto da página 200 -, mas continua com aquele jeito badboy que a gente adora! ♥ Ruth? Nunca gostei dela, fútil demais. Como Jess é a melhor amiga dela?

Adorei, mesmo com o enredo pouco cativante, a narrativa divertida e a protagonista que tem aquele mal humor engraçado fazem Codinome Cassandra valer a pena - é de longe melhor que o primeiro volume. Para quem nunca leu Meg Cabot, pode ser que a série Desaparecidos não seja um bom começo. Quem conhece o trabalho da autora, é só mais um livro para correr e colocar na pilha. Recomendo.

Bjs,

Para vc que me ama, Girlie Poderosa