Mordida por Meg Cabot

Mordida - Insaciável #2

Com spoiller do livro anterior

O poder especial de Meena Harper finalmente será valorizado. A Guarda Palatina - uma poderosa unidade secreta que caça demônios - a contratou para trabalhar na filial de Manhattan. A questão é: seu ex-namorado, Lucien Antonesco, é filho do Drácula e o príncipe da escuridão. Tudo bem, Meena decidiu que já chega de vampiros em sua vida... Ao menos até que consiga provar que, mesmo não tendo alma, os seres demoníacos não perderam a capacidade de amar.

Autora: Meg Cabot

Editora: Galera Record

ISBN: 9788501097415

Páginas: 305

Nota: 

Livros anteriores: Insaciável

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Harry Potter e a Pedra Filosofal tem 263 páginas, Relíquias da Morte tem 590. Crepúsculo tem 355, Amanhecer tem 567. Séries tendem a aumentar seu número de páginas no decorrer dos volumes, mesmo que sejam apenas dois. A diferença entre Insaciável e Mordida, a série de vampiros de Meg Cabot, é gritante - e ao contrário. O primeiro livro tem 500, o segundo pouco passa de 300. Ironicamente, se as 300 páginas recebessem uma enxuga, ninguém se importaria. Meg é ótima, porém não escrevendo sobre sanguessugas.

Seis meses depois de ter negado a imortalidade, aceitado trabalhar para a Palatina e terminado o romance com o Príncipe das Trevas, Lucien, a vida de Meena está estável, não tem ninguém mais querendo matá-la. Isso até seu ex-namorado, David, se transformar em um sugador de sangue. De repente tudo volta ao que era um tempo atrás. Palatina contra vampiros, Lucien contra Alaric, e apenas Meena perdida entre tudo.

Eu andava meio saturada de vampiros, mas por ser Meg, continuação/finalização de uma série que eu já tinha começado, dei uma chance. Não é que eu tenha me arrependido, minhas expectativas começaram baixas - o livro só não subiu do que eu já previra. A autora começou a série satirizando os vampiros, e por mais que tentasse dar um tom de intrigas religiosas ao enredo de Insaciável, não conseguiu sair muito dos clichês que cercam o tema.

O grande centro da história não é suspense, sobrenatural ou nada disso, é romance. Por mais mascarado que seja, o triângulo amoroso é o que moveu os leitores através das páginas. Lucien vs. Alaric. O príncipe vampiro vs. o grande caçador. A divertida e confusa Meena entre os dois. Se antes eu tinha ficado em dúvida, em Mordida apostei as minhas fichas em Alaric. Lucien se mostrou o grande bipolar incompreensível que eu já imaginava. Era torcer pra Meg não ficar com o clichê protagonista-loves-vampire.

Narrativa em terceira pessoa também não é ponto forte da autora. Certo, para um livro que tem certo nível de ação, é uma boa opção para narrar fatos simultâneos, mas dessa vez só fez Mordida perder o fator surpresa. Meg divaga muito na cabeça confusa de Meena, cria mil e uma teorias sobre os mistérios do livro, e acaba entregando detalhes que seriam muito melhor que passassem despercebido pelo leitor, fazendo do final algo surpreendente. Obviamente aquela diversão típica da autora tá lá, a ironia sutil, mas não em sua melhor forma.

Gostei de Mordida, mas nada além do que isso. O livro que termina a série Insaciável tem boas doses de ação, algumas pitadas de suspense, tiradas engraçadas (thanks, Jon, you're THE BEST), mas um triangulo amoroso clichê e que não convence. Não me convenceu, ao menos. Não é o melhor trabalho de Meg Cabot, mas ok. Para os fãs de vampiros e da autora, recomendo. Cansou de vampiros? Passe longe.

Bjs,

Para vc que me ama, Girlie Poderosa